*por Ana Carolina Souza de Oliveira
A primeira solenidade oficial do 2º Encontro Interdisciplinar de Comunicação Ambiental (EICA) abriu novamente as portas para o debate das questões ambientais na América Latina e no mundo. O evento ocorreu nesta segunda-feira, 27 de maio, às 19h, no auditório do Colégio Módulo, e teve como atração principal a Conferência “Natureza, “economia verde” e justiça ambiental: dilemas contemporâneos”.
A mesa composta pela Coordenadora Geral do Encontro, Sônia Aguiar, o Secretário do meio-ambiente, César Gama e o Coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Carlos Franciscato, fez as honras da abertura. Com grande afeto por ver o crescimento do seu projeto, Sônia afirmou que o EICA existe para reunir o que pessoas de vários locais estão pensando sobre o meio-ambiente e como agem para melhorá-lo. Sobre o meio-ambiente em Sergipe, o Secretário César Gama demonstrou que é necessária uma ação na área ambiental do estado e que o índice arbóreo diminuiu de 12% para 1% em 20 anos. “É como se o meio-ambiente estivesse ao nosso dispor. Precisamos manter o equilíbrio para as próximas gerações”, acrescentou.
A Conferência da noite foi ministrada pelo Alberto Acosta, economista, professor e pesquisador da FLACSO – Faculdad Latinoamericana de Ciencias Sociales, que defendeu em sua palestra o conceito de “bem viver” e os direitos da natureza, em que o Equador foi o primeiro país a reconhecer constitucionalmente. Sua pesquisa é sustentada em experiências e propostas concretas que venham a obter respostas sobre o meio-ambiente no mundo, tanto na economia quanto em outros setores. Qual o ponto de partida? Quais os elementos que levam ao problema? Essas perguntas são compostas por uma base complexa, que passa entre os direitos da natureza, humanos, ecológicos e outras vertentes.
A natureza não é muda, a sociedade também não. É preciso protestar, agregando medidas de sustentabilidade, senão, em duas décadas, será bem difícil viver. A natureza e suas funções estão se transformando em oportunidade de capital, objeto de dominação e exploração. O ser humano só pensa no meio-ambiente quando afeta a sua vida. Confiar na tecnologia e na economia verde para reverter o caso e a construção da Justiça ecológica podem fazer com que as pessoas revejam os conceitos do que é a natureza, e, assim, superar a ambição capital. Todos esses conceitos e desejos citados também foram expostos pelo palestrante equatoriano e aplaudidos calorosamente pela audiência.
Pensando EICA
O projeto prioriza a possibilidade do debate e desperta o consciente sobre a relevância dessa discussão sobre o meio-ambiente, inserido no campo da Comunicação Social. Logo após a cerimônia, algumas pessoas expressaram suas opiniões sobre o primeiro dia do evento e como o EICA contribui em suas carreiras, favorecendo a troca de ideias.
